domingo, janeiro 25, 2009

The Darkness #09

A nova fase de The Darkness, habéis mãos de Phil Hester, continua. E, conforme São Google revela, aparentemente, só eu estou acompanhando.

O que é uma grande pena. E a edição de dezembro é mais uma amostra disso. Nela, continua o arco desenhado pelo convidado Jorge Lucas, em que se vê Hester trabalhando a mitologia do personagem.

The Darkness #09
Roteiros: Phil Hester
Desenhos: Jorge Lucas
Top Cow/ Image Comics 
Janeiro de 2009

A edição começa imediatamente após o gancho deixado pela
anterior. Jackie acorda no que aparenta ser um quarto de hospital. Procurando o responsável por lhe levar até lá, encontra um homem que se autodenomina The Sovereign (ou, em bom português, O Soberano). E, como já está se tornande de praxe, Jackie se dá muito mal.
O conflito entre os dois é mais psicológico do que físico, e em ambos O Soberano se mostra aparentemente superior à Jackie, que encontra-se muito enfraquecido. O fato de The Darkness ser um título um pouquinho mais alternativo permite à Hester bagunçar muito do personagem, e isso tem rendido histórias bem interessantes.

Essa já começa dizendo que a alma e o corpo de Jackie foram separados, e alma encontra-se no inferno - isso é até mostrado de forma exageradamente gráfica. E para recuperá-la, Jackie deverá, pasme, matar um demônio que havia possuído a alma de uma freira cuja caridade compara-se à de Madre Teresa. Essa "missão" rende bons diálogos, chega à levantar a possibilidade de um questionamento, mas Hester não quer dar uma de filósofo, quem entreter o leitor um pouquinho mais velho. E, de forma razoavelmente doentia, faz com que os surpreendentes desenhos de Jorge Lucas retratam a mais bizarra luta que jamais imaginei ler.

A edição termina de forma melancólica, com algumas pontas pras próximas edições.
É interessante notar que há um planejamento à longo prazo pras histórias, com uma confortável sensação de que, por mais que as coisas estejam indo de forma descomprimida, estão indo sim à algum lugar.

Ainda não é uma leitura essencial, mas definitivamente supera - e muito - o que tem muitos escritores de renome tem feito com personagens mais famosos.

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