domingo, novembro 13, 2005

O Galinho Chicken Little

A parceria da Disney com a Pixar produziu ótimas animações em CGI... Toy Story, Monstros S.A, Procurando Nemo e o recente Os Incríveis.
Só que essa parceria é estabelecida por um contrato... Um contrato que chegará ao fim com o cada vez mais próximo Carros, que aliás, promete ser ótimo.
Nada de mais, se as negociações para uma renovação não estivessem tão problemáticas... Periga da Pixar se tornar independente e lançar, sozinha, seus filmes.
E a Disney, como é que fica?

Vai produzir suas animações sozinha. O Galinho Chicken Little é a primeira animação dessa nova leva. Rapunzel tá vindo por aí...
E, pelo visto, a Disney não sairá perdendo... muito.



O Galinho é um bom desenho. Um bom desenho mesmo. Infantil sem ser infantilóide. Diverte, faz rir e não irrita nem cansa à ponto de deixar tudo à perder.

Visualmente, o filme está muito bem-feito. Caricato, mas na medida, seguindo uma linha próxima de Madagasgar, da rival Dreamworks.
A história? Chicken Little é um galinho que está tentando seguir em frente, um ano após causar pânico à todo a cidade, quando achou que um pedaço do céu havia caído em sua cabeça. Tudo estava indo razoavelmente bem quando um outro pedaço do céu realmente cai! Começa então uma corrida contra o tempo para evitar que uma iminente invasão alienígena destrua sua cidadezinha. E basicamente é isso.
O filme se foca bastante no relacionamento entre o galinho e seu pai, que, apesar de se amarem, não conversam, e o galinho sofre por não ter o apoio de seu pai, quando mais precisa. E um dos motes do filme é justamente estimular o diálogo entre pais e filhos. E isso quase coloca tudo à perder, pois o discurso "converse" é repetido duma forma à quase irritar. Mas, felizmente, não chega à tanto.

De resto, todo mais parece um bom filme Disney da "era de prata", com lição de moral, músicas(razoavelmente bacanas, diga-se de passagem)... Enfim, me senti criança de novo, pois era assim que eram os filmes que via. Só que, dessa vez, o filme era em 3-D e tinha algumas referências bacanas.

O filme começa de forma bastante bacana, e tem personagens interessantes, como o prefeito, que não faz nada que não seja o que seus acessores dizem, por placas!
Mas, claro, nada supera o Peixe Fora-D'água, disparado o meu personagem favorito. Sem dizer nada durante o filme inteiro, ele é responsável por algumas das melhores piadas do filme, e as poucas citações pop, como uma sensacional cena homenageando King Kong.
E há um personagem que, no filme, achei graça, mas, depois, me incomodou. Raspa do Tacho, um porco obeso, medroso e bastante efeminado, participa de cenas engraçadas, a maioria envolvendo piadinhas, bem, sobre sua sensibilidade. Isso é engraçado, admito, mas piadas com gordos e gays andam me incomodando um pouco. Estaria eu ficando politicamente correto? Espero que não.
Há também a Hebe Marreca, dublada pela linda Mariana Ximenes. Amiga, parceira e interesse romântico do sensacional protagonista, o Galinho, dublado pelo surpreendentemente competente Daniel Oliveira(sabe, o Cazuza?).
Pô, o Galinho é sensacional. Esperto, inteligente, estiloso... Suas idéias, a forma como ele se locomove, como ele minimiza as dificuldades que seu diminuto tamanho poderia trazer... Muito bacana mesmo.

No momento em que ocorre a "invasão", temos várias idéias bacanas. Citações à Sinais, Guerra dos Mundos, e uma resolução interessante. Um dos aliens, aliás(ha! trocadilho!) é simplesmente "fofo". Uma graça. Fiquei com vontade de ter uma miniatura dele na minha prateleira, he-he.

Enfim, um ótimo filme infantil. Nada revolucionário. Talvez não possua o que é preciso para se tornar um clássico, não sei. Só sei que gostei. Mas, lembre-se: Esqueça o adulto em casa. 7,8.

Nenhum comentário: