sexta-feira, dezembro 02, 2005

Filmes, filmes... MUITOS filmes

Ok... Vamos tirar o atraso(olha o duplo sentido). Vou falar dos últimos filmes que assisti.

Mergulho Radical: Pô, um filme que tem a Jessica Alba de bikini por aí deve valer de alguma coisa, certo? Certissimo! Into the Blue(nome original do filme), apesar de longo, não é cansativo e tem um roteiro razoavelmente bom, com algumas reviravoltas e surpresas que me agradaram.
O bom desse filme é que ele meio que "ressuscita" o gênero "filme de praia". Fazia um tempo que não vi algo assim. Apesar de, numa cena, haver uma perseguição de carros, o foco é mesmo as belas paisagens, as belas mulheres e, sim, até os belos homens, assim, agrada tanto o público feminino quanto o público masculino. Diversão descompromissada, não vai mudar sua vida... Mas, quem se importa? 7,8.

Jogos Mortais 2: Não gostei muito do primeiro. E aquele póster com "ESQUEÇA SEVEN" foi mais do que suficiente pra criar antipatia. Mas... Até que ele não foi de todo mal.
Como após Mergulho Radical, o filme mais próximo era esse, fui assistir.
Teve muitos aspectos do primeiro filme que não gostei... E, surpreendentemente, os vi "corrigidos" nesse segundo.
Os policiais não são um bando de idiotas, a tensão pra achar as vítimas do Jigsaw ficou bacana, e o final, desse vez, foi surpreendente de verdade, mas não foi forçado.
Agora... Ironicamente, as duas coisas que me fizeram gostar do primeiro filme ficaram meio que ausentes neste.
Mortes legais? Mesmo com 7 pessoas enclausuradas numa mesma casa - o que me fez crer que o filme teria mais mortes bizarras - as mortes são meio decepcionantes, apesar da tensão pela sobrevivência ser um pouco maior. Nem as cenas mostrando outros casos do Jigsaw foram assim tão bacanas.
Sei lá, simplesmente faltaram mortes melhores.
De certa forma relacionado, outra coisa que faltou no filme: torcida pelo 'bonzinho'. As pessoas trancadas na casa não transmitem a menor simpatia. Sei lá, eu queria mais é que elas morressem, he-he. Não conseguia torcer para que elas sobrevivessem, como no primeiro.
Foi meio decepcionante, ao mesmo tempo que foi melhor que o primeiro. Só assistindo pra entender. Agora, se você não gosta de filmes assim, passe longe. 7,0.

O Virgem de 40 Anos: Cara, mas que comédia legal. Não consigo lembrar de nenhuma comédia que vi no cinema esse ano que me agradou mais.
O filme é cheio de ótimas atuações, todas bem pontuadas.
A trama é meio exagerada, é verdade, quase absurda. Mas, sei lá, por algum motivo, convence.
O mais interessante é como eles abordam vários temas do universo masculino sem frescura, sem irritar, algo num estilo FX.
O protagonista não leva jeito com a mulheres e espera a hora certa. Seus amigos querem ajudam, mas, muitos vezes, atrapalham. Os próprios amigos são chave pra vários temas interessantes. Tem o cara que não esqueçeu a namorada, aquele que traiu a namorada e se arrependeu...
E eles abordam isso tudo de forma legal, engraçada...
Um filme cheio de temas bacanas e piadas realmente engraçadas...

Só não pesquei a piada do final... Alguém que entendeu, me explica? =D
8,5 e altamente recomendado.

Dias se passaram, e vi mais filmes:

Crash - No Limite: Sinceramente? Eu acho que todo mundo deveria ver esse filme. E... Na boa? Quem não gostou, talvez devesse desistir de ir ao cinema.

Tudo bem, admito estar sendo meio xiita.

Mas, cara, como esse filme é bom!
São diversas histórias... Várias pessoas se cruzam, se "esbarram" na cidade de Los Angeles por culpa de seus preconceitos, seus impulsos, suas intolerâncias... Tomam atitudes que mais tarde se voltaram contra si mesmo...
Há uma dona-de-casa(Sandra Bullock) e seu marido(Brendan Fraser), um promotor público. Um família de lojistas persas. Um diretor afro-americano(Terrence Howard) de TV e sua esposa(Thandie Newton). Um casal de detetives(Jennifer Esposito e Don Cheadle), que estão tendo um caso. Um chaveiro mexicano. Dois ladrões de carros(um eu sei que é o Ludacris). Um policial veterano(Matt Dillon) e seu parceiro, um novato(Ryan Phillippe) e muitos outros, mas estes não ganham muito destaque.

Tudo bem, alguns desses encontros são meio forçados. O diretor e roteirista, Paul Haggis, meio que se apoiou demais em coincidências. Pode se dizer também que alguns personagens ganharam muito destaque, em detrimento à outros. Don Cheadle é quase uma contaste, Sandra Bullock mal aparece.
Mas isso, se prejudica, prejudica muito, mas muito pouco o filme. Pois cada acontecimento tem seu impacto - alguns maior, é verdade, como as duas cenas entre Matt Dillon e Thandie Newton.
Alguns dramáticos, outros engraçados, mas nenhum insatisfatório.
O filme ainda possui uma trilha sonora muito boa mesmo, complementando de forma perfeita as cenas.
Também é impressionante o quão "reais" são os personagens. O chaveiro talvez seja o único personagem realmente "bom". Todos os outros apresentaram um lado bom e um lado ruim. Mostraram preconceitos... Mostraram-se como pessoas de verdade.

Quando o filme acabou, não sabia muito bem o que fazer. Ver tais atitudes me deixou meio sem rumo. Refleti sobre a vida, sobre preconceito, sobre intolerância. Mas, o mais importante, sobre a pergunta que o filme faz aos espectadores: Quão bem você se conhece?
Depois de tudo isso, falei com minha mãe e a agradeci por ter me criado do jeito que me criou. Por ter feito com que me tornasse um homem decente...

Façam um favor à si mesmos e vão assistir esse filme. 9.0.


Harry Potter e o Cálice de Fogo:

Eu havia feito um post enorme sobre sse filme, só que não salvei...

Mas, enfim... O grande destaque desse filme, pra mim, é o roteiro. Pegaram um calhamaço de 800 páginas e transformaram num filme de 2h30, aproximadamente.
Cortaram muitas coisas interessantes do livro?Sim.
Muitos fãs vão ficar indignados? É claro!
Mas, quem não ligar muito pra isso, vai gostar do filme? Pode apostar.

O filme conseguiu se manter fiel ao espirito do livro. O roteirista, Steven Kloves, cortou o que achou desnecessário e escreveu um roteiro impressionantemente amarrado. Quando vi o filme pela segunda vez, me surpreendi com o trabalho de cara.
O foco acabou sendo basicamente no Torneio Tribruxo e na volta de Voldemort.

Gostei até dos lances meio "Malhação" do filme, com Harry e todo mundo descobrindo o sexo oposto... Pô, até o Hagrid se dá bem no filme!
Ficou simpático, identificável, e nem um pouco irritante.

Mas não é só de uma boa história que se faz um filme. A maior parte dos atores desempenhou bem seus papéis. Não consigo lembrar agora de nenhuma atuação que tenha me incomodado.
Olho-Tonto Moody ficou simplesmente sensacional na pele de Brendam Gleeson. Mas Ralph Fiennes como Voldemort... O jeito de andar, de falar, até o olhar... Furioso, mas, ainda assim, cool. Muito foda.

Os efeitos especias também ficaram bem convincentes. O visual do filme, enfim, é muito bacana.

Mas há duas coisas que eu realmente quero destacar nesse filme...
A morte. Um personagem morre ao final do filme. Meio assim, de supetão. Quando você vê, ele está caído no chão. Sem frescura. Nada de música melosa, câmera lenta. Ele simplesmente morre. Chocante mesmo.
E quando todos vêem que ele morreu, e o choro começa... Eu não pude me conter, fiquei emocionado também.

E há Emma Watson. Minha nossa, como a Hermione ficou linda. Assista ao filme e comprove. Quando ela chega ao baile de inverno... Uau.

Harry Potter e O Cálice de Fogo é, enfim, um filme muito bom, que eu recomendo numa boa.. 7,8.

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