sábado, dezembro 20, 2008

Savage Dragon #142: Caindo em Desgraça

Savage Dragon #142

Roteiros, desenhos e arte-final: Erik Larsen

Dezembro de 2008

Image Comics


Em primeiro lugar: QUE CAPA, MEU DEUS, QUE CAPA! Larsen realmente fez um trabalho impressionante. A escolha das cores, os tons estourados, a composição da imagem (repare que a capa pode ser dividida em três “seções”), o logo num tamanho considerável, o traço suficientemente estilizado de Larsen. Enfim, tudo bem bacana.


Pode não chamar tanta atenção quanto a capa anterior, cheia de heróis, é bem menos apelativa e tudo mais, mas é o tipo de ilustração que, com cada nova vista, melhor vai ficando.


Larsen costuma começar cada uma das mais recentes edições de Savage Dragon com uma ilustração de página inteira, e acho que até agora eu ainda não tinha reparado direito nisso. É interessante notar que a composição é geralmente a mesma: O quadro é reduzido à uns três quartos da página e o título é escrita de forma grande o suficiente para que chame tanta atenção quanto o desenho. Larsen pode não ter a arte mais bonita do mundo, mas, com certeza, sabe de verdade COMO desenhar, sabe O QUE desenhar.


A história lida com a repercussão do inesperado desfecho da edição anterior, da forma como tudo dá errado para Dragon mesmo quando as coisas dão certo.


Metade da edição, mais ou menos, é composta de seqüências de ação. Não muito diferente do que Larsen fazia uns dez anos atrás. Mas é interessante notar o quanto que ele evoluiu. As cenas de luta são entrecortadas por outras narrativas, que, inclusive, acabam se cruzando – Angel, filha de Dragon e Alex, sua ex-parceira na polícia, acabam se encontrando com Star e Red Giant, que vinham sendo perseguidos nas últimas edições – ou chegando mais perto de uma resolução – Malcolm, outro dos filhos de Dragon, encontra finalmente o homem que pode tirá-lo da dimensão em que se encontra e mandá-lo de volta pra casa.


Larsen também é inteligente. A luta de Dragon avança pela cidade, vai para o sub-solo, atinge o metrô e termina nos trilhos. E é tudo narrado de forma bem estrutura, com os desenhos quase que se movimentando e te jogando pra próxima página. É mostrada a reação das pessoas na calçada, dentro do vagão que é atingido pelo confronto... Tipo que coisa que eu mesmo não pensaria em retratar.

Dragon derrota o “herói” que havia vindo lhe enfrentar para vingar a o que ocorreu com Solar Man. É convidado para voltar à polícia de Chicago, apesar dos pesares. E, quando você pensa que as coisas talvez não tenham terminado tão mal, uma nova luta começa logo no finalzinho da edição, te deixando de queixo caído e louco pela próxima.


Até mês que vem, Dragon.

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