sexta-feira, dezembro 05, 2008

O combate final entre Dragon e Solar Man

Quando comecei a ler Savage Dragon, lá na edição 139, havia uma série de tramas acontecendo simultaneamente. Mas uma atuava como fio-condutor da história: Solar Man, um super-herói claramente inspirado no Superman, havia resurgido, e entrou numa cruzada contra o mal, executando sem dó tanto super-vilões quanto criminosos menores. 

Dragon estava procurando por sua esposa desaparecida, mas as ações de Solar Man já estavam ultrapassando todos os limites. Era preciso fazer algo. As circunstâncias levaram-no à formar uma parceria com Invincible, Witchblade, Spawn e Shadowhawk - heróis criados por alguns dos outros sócios da Image Comics, ao lado de Larsen. 

E tudo que Larsen vinha construindo nas dez, doze últimas edições chega à um épico desfecho.

Savage Dragon #141
Roteiro, desenhos e arte-final: Erik Larsen
Novembro de 2008
Image Comics

Em primeiro lugar, parabéns à Larsen. Após anos de incontavéis atrasos na hora de lançar novas edições de Savage Dragon, por causa de seus compromissos como editor-chefe da Image Comics, Larsen não apenas voltou a publicar regularmente Dragon, como está lançando edições quase que quinzenalmente, para compensar. A trama de Solar Man  vinha sendo lentamente construída desde 2006, quando foi lançada a 128a edição, e tornou-se o foco da revista nas últimas três edições. Praticamente tudo que precisava ser dito já o foi. Agora é hora do confronto final - e é isso que Larsen entrega. Há apenas uma rápida pausa de uma página para tratar de uma das tramas paralelas da revista - quase como se Larsen quisesse nos conceder uma pausa para respirar - enquanto o restante da edição se dedica única e exclusivamente ao ferrenho combate contra Solar Man.


Enquanto Spawn, Witchblade, Dragon e Invincible passam por grandes dificuldades para dar conta de Solar Man, Shadowhawk investiga o esconderijo secreto do enlouquecido ex-herói. Ao seu lado está Rex, um amigo de Dragon. É Rex quem acaba descobrindo a verdade sobre os cada vez maiores poderes de Solar Man. Quando surgiu, em 1938, ele era consideravelmente fraco, então, como poderia ter poderes tão grandes hoje em dia? Ele extraia os poderes de diversos outros heróis, que ele havia aprisionado. Eram "heróis esquecidos" da década de 40, que ninguém mais lembra hoje em dia. Rex libera os heróis, o que enfraquece Solar Man, permite a vitória num primeiro momento, mas causa um novo combate, contra esses heróis esquecidos, que não sabiam que eram prisioneiros de Solar Man, então, partem em sua defesa.

Não há muita história - nem precisa. Tudo que vinha sendo construído culmina aqui. Me lembrou um pouco a última edição do primeiro volume de Os Supremos. Mas mesmo numa edição cheia de pancadaria, Larsen joga novos conceitos que serão trabalhados. O maior deles, evidente, é o retorno de todos esses super-heróis, algo similar ao que Alex Ross fez em Project Superpowers, mas as consequências da vitória contra Solar Man, que, aos olhos do público, ainda era o maior herói do mundo, repercutirão fortemente na vida de Dragon. Não é a melhor das edições pra se começar a ler Dragon, por se tratar da conclusão de um "arco", mas é impossível não se empolgar com as cenas de lutas aqui retratadas e ficar curioso pelo que virá a seguir. Pra quem acompanha, é uma edição que supera todas as expectativas e leva o personagem à um novo patamar. As próximas edições prometem lidar não apenas com essa nova situação, como fechar outras pontas soltas, como o paradeiro da mulher de Dragon. 


Um comentário:

Noturno disse...

Bom saber sobre a nova regularidade de Dragon.

Acompanharei a revista em breve.

Sobre essa edição, só tenho algo a dizer: QUE CAPA!!!!!