domingo, janeiro 08, 2006

Últimas Leituras - 01



Três gibis. O que eles tem em comum?
Os três foram bem desenhados, foram impressos num papel bom e custaram razoavelmente caro. Mas valeram, e muito, à pena, pois foram todos muito bem escritos.

Conan, o Cimério 21 deu continuidade às saga "A Torre Elefante", adaptada diretamente de um conto de Robert E. Howard, autor dos livros que deram origem ao personagem, por Kurt Busiek.
Para resumir o quão bacana é a história, basta dizer que este está sendo considerado um dos melhores trabalhos da vida de Busiek.
O desenhista da série, Cary Nord, costuma mandar muito bem, mas talvez a pressão de entregar 22 páginas desenhadas todo mês o esteja tornando meio desleixado. Mas as cores de Dave Stewart compensam qualquer falha, pois ele continua mandando muito bem.
Custou R$4,90 e valeu muito à pena. Essas novas histórias do Conan, daqui alguns anos, seram aclamadas como clássicos, e eu as estive acompanhando desde o início.

Lanterna Verde: Renascimento parte 1 de 3.
Começa aqui a mini que tem como objetivo trazer de volta Hal Jordan como Lanterna Verde. Há muito anos, Hal enlouqueceu após ter sua cidade natal - Coast City - destruída por um vilão. Matou quase todos os outros Lanternas por todo o universo, roubando para si o poder de todos eles. Tentou, então, reconstruir o universo à sua imagem e semelhança, mas foi vencido.

Anos se passaram, e até hoje os fãs mais antigos não aceitaram nem o que aconteceu com Jordan muito menos aquele que o substituiu como Lanterna, o jovem Kyle Rayner.
Enquanto isso, muitos leitores novos começaram a ler quando Kyle já era Lanterna, e gostavam do personagem.

"Renascimento" é escrita por Geoff Johns, um dos mais escritores mais competentes dos EUA e cada edição brasileira complia duas americanas.
Nessas duas primeiras partes, Johns armou o terreno pra volta de Jordan, tudo com muito mistério, deixando-me louco pelas próximas edições.
O melhor de tudo foi que houve destaque para cada um dos homens que já teve(ou tem) a alcunha de Lanterna Verde. Alan Scott, John Stewart, Guy Gardner, Kyle Rayner.
A trama está sendo muito bem conduzida, mas até agora não se revelou nada excepcional. Mas estamos apenas no começo.

O grande destaque foi para a incrível arte de Ethan Van Sciver, cujos desenhos espantam à cada página, de tão bons. Algo simplesmente incrível.
Incrível também é a capa, mostrando Hal com as mãos sujas de sangue. Sangue das dezenas de Lanternas que ele matou.

Fica a curiosidade pela próxima edição, com a continuação da redenção de Hal e, espera-se, respostas à muitas questões levantadas aqui.

Custou R$6,90. Um pouco salgado, é verdade, mas foram 60 páginas sensacionais.

All-Star Superman 01:
Desde que me conheço por gente, quase todo leitor de HQs americanas queria ver o que Grant Morrison faria se escrevesse o Superman. Por algum motivo que não consigo entender, os editores da DC nunca deixaram...
... Até agora.
All-Star é uma nova linha de gibis, sem relação com a cronologia e sem continuidade. Morrison está escrevendo um Superman só seu, por 12 edições e depois ninguém poderá desfazer o que ele fez. Poderá não entrar pra cronologia do herói, mas se mantiver o nível desse número, será citada, no futuro, como uma de suas melhores histórias.

Tudo começa quando Lex Luthor perde a paciência e resolve acabar com a vida do Azulão de vez. Bola uma armadilha e faz com que Superman se aproxima demais do nosso sol. Apesar de retirar seus poderes da energia solar, o contato tão próximo com o sol trouxe consequências.
Os poderes do herói estão aumentando cada vez mais. Está manifestando novos poderes também.

Mas há uma má notícia: As células do corpo de Kal-el não suportaram tanta exposição à energia solar, atingindo um nível crítico. Ele irá morrer, e muito em breve.

Pra uma primeira edição, muita coisa aconteceu. Luthor é preso no final e Lois Lane descobre a identidade secreta de Superman. Os próximos número prometem.

Frank Quitely mandou bem, como de costume, mas, depois de ver o trabalho que o cara realizou em Flex Mentallo e We3, esperava mais . Ainda assim, ele realizou um ótimo trabalho.

Um ponto interessante à se comentar é a leve mudança realizada no uniforme. Superman continua usando cueca por cima da calça, mas agora são do tipo boxer. E a capa vermelha tornou-se mais curta, terminando atrás dos joelhos.
Ficou sensacional.

Foi a primeira vez que importei uma revista, por uma comic shop paulistana chamada Super. Custou US$2,99 e valeu cada centavo.

3 comentários:

Anônimo disse...

Ótimas revistas. Só não li Conan. Quanto ao retorno de Hal Jordan eu acho bem legal, qualquer coisa é melhor do que aquela c-a-g-a-d-a de Parallax e outras idiotices...

É a mesma coisa com a volta do Colossus (mesmo que seja um retorno canastrão e mequetrefe é melhor do que aquela morte besta).

Paranoid Android disse...

Pô, fiquei com inveja da tua All Star. Daqui q a Panini lance isso aqui...

flávio disse...

heh, não precisa sentir tanta inveja...
foi um furo legal no orçamento, hahahahaha

o lado positivo é que me fez começar cortar as paninis inutéis que acompanhava... \o/